Plágio
O plágio é o ato
de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música,
obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc.) contendo partes de uma obra que pertença à
outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original.
No ato de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de
outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.
Etimologia
A
origem etimológica da palavra demonstra a conotação de má intenção no ato de
plagiar; o termo tem origem do latim plagiu que
significa oblíquo, indireto, astucioso. O plágio é considerado
antiético (ou mesmo imoral) em várias culturas, e é
qualificado como crime de
violação de direito
autoral em
vários países.
Plágio não é a mesma coisa
que paródia.
Na paródia, há uma intenção clara de homenagem, crítica ou de sátira, não
existe a intenção de enganar o leitor ou o espectador quanto
à identidade do autor da obra.
Para
evitar acusação de plágio quando se utilizar parte de uma obra intelectual na
criação de uma nova obra recomenda-se colocar sempre créditos completos para o
autor, seguindo as normas da ABNT, especialmente no caso de
trabalhos acadêmicos onde
normalmente se utiliza a citação bibliográfica.
Viena,
1931: carta a um plagiário
O
que pode fazer o autor quando é vítima de plágio? Erwin
Theodor Rosenthal, eminente germanista, ensaísta e tradutor,
que, em 2005,
foi vítima de um notório caso de plágio da sua tradução de A Origem da Tragédia (publicada
em 1948),
relata outro caso, ocorrido em 1931, em Viena,
quando o escritor austríaco Egon
Friedell (1878
- 1938) escreveu ao seu plagiador, um certo Anton Kuh, uma memorável carta
aberta, com o seguinte teor:
Prezado Senhor,
Foi surpresa verificar que resolveu publicar a minha humilde estória, "O imperador José e a Prostituta", tal como a escrevi, com o acréscimo das três palavras: "Por Anton Kuh”, na publicação Querschnitt. Honra-me sem dúvida o fato de sua escolha ter recaído na minha historinha, quando toda a literatura mundial desde Homero se encontrava à sua disposição. Teria gostado de retribuir na mesma moeda, mas depois de examinar toda a sua obra, não encontrei nada que tivesse vontade de subscrever. (ass) Egon Friedell.
Foi surpresa verificar que resolveu publicar a minha humilde estória, "O imperador José e a Prostituta", tal como a escrevi, com o acréscimo das três palavras: "Por Anton Kuh”, na publicação Querschnitt. Honra-me sem dúvida o fato de sua escolha ter recaído na minha historinha, quando toda a literatura mundial desde Homero se encontrava à sua disposição. Teria gostado de retribuir na mesma moeda, mas depois de examinar toda a sua obra, não encontrei nada que tivesse vontade de subscrever. (ass) Egon Friedell.
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