História do sobrenome
Em 476 d.C., com a queda do império romano do ocidente, os antepassados da família MARCHESE passaram a viver sob o jugo (governo) do condotiere (condutor de exércitos/caudilho) germânico Odoacre. Antes do fim do século quinto Odoacre foi eliminado por Teodorico, rei dos ostrogodos, o qual instalou seu reino na Itália, caracterizado pelo respeito á prerrogativas romanas, reservando para o seu povo as prerrogativas militares. Sob Teodorico a Itália teve um longo período de paz e prosperidade . Na sua morte ocorrida em 526 d.C., Giustiniano se dedicou a reconquistar a Itália e precipitou a península em decênios de desordens e de guerras. A influência da cultura e dos costumes teutônicos começou a ser visível sobre os povos italianos e sobre a família Marchese somente por volta do fim do século sexto, quando os lombardos invadiram a Itália, como testemunha a proliferação dos nomes germanos (alemães), a começar naquele período. Grande historiador suíço do período renascentista, Jacob Burckhardt, afirma que a desordem política sofrida pelos italianos nos séculos negros da idade média, que teve início a seguir da queda do império romano não comprometeu a atividade artística e o dinamismo comercial. A Itália foi de fato o centro comercial e cultural incontestável da Europa Ocidental do décimo terceiro ao décimo sexto século. A esse sucesso econômico e artístico contribuíram também os membros da família Marchese. Dante, Bocaccio, Da vinci, Michelangelo, Scalotti e Vivaldi eram destinados a ser algumas das grandes figuras que definiram a civilização ocidental. Com a unificação da Itália, concluída em 1870 que marcou o ápice do movimento dito Renascença, iniciou o reino da casa de Savoia, de quem naturalmente os Marchese vieram a ser leais súditos.
A Itália é hoje uma nação que convive com uma língua comum, ainda que sua cultura seja ainda caracterizada de uma miríade de dialetos regionais e locais. Entre seus limites vivem ainda minorias étnicas slavênias, gregas, tedescas (alemães) friulanas e catalãs, com línguas tradições e nomenclaturas próprias. A Família Marchese é portanto existente no curso dos séculos em um país rico por uma diversidade de línguas, e de culturas. Por outro lado o fenômeno da emigração de milhões da italianos para as Américas e outras partes do mundo contribuíram para a difusão da cultura, da cozinha e dos sobrenomes italianos, em todo o mundo.
O estudioso Emílio de Felice, um expert em nomes e cognomes italianos considera o cognome Marchese como uma variante do mais comum cognome Marchesi.. Este cognome é de origem ocupacional e em particular pertence aquele grupo de cognomes derivado dos aristocratas dos seus ajudantes e dos seus servidores. Evidentemente o cognome deriva do título nobre de “Marchese”, (Marquês) mas no passado havia o hábito de usá-lo como supranome por qualquer um que pertencia ao séquito de um “marchese”(Marquês), como secretário ou como valete.
Dicionário histórico-Blasônico, uma lista da nobreza italiana, traz notícias (informações) de cinco famílias com o nome Marchese, uma de Gênova, duas da Sicília, Messina e Palermo, uma de Nápoles e uma de Salerno.
As mais antigas referências pertencem á família de Messina que parecem originar-se da Lombardia, mas que das quais sabemos com segurança, que por volta do ano 1000 tinham Alberico e Ugone como oficiais no escrito de Giorgia Maniace, Esarca de Sicília e deles derivou um Ricardo que foi do serviço de Guilherme, castelão de Caormina. Paulo irmão de Ricardo, se transferiu para Nápoles e deu origem a um outro ramo da família. O ramo de Gênova da família Marchese era originário de Furli, mas foi levado para a Liguria pelos irmãos Andrea e João em 1420. Aqui esses fizeram parte dos Conselho dos Nobres da cidade. O ramo de Nápoles da familia, parecer ser origem Longobarda, portanto na Itália do conde Alfana, supranominado “il Marchese” (O Marchese).
Segundo o sistema romano de nomenclatura, il Capostirpe (chefe de Família ou cabeça de família) dos Marchese seria identificado por um nome próprio de pessoa, (Antônio por exemplo) um nome que identificada a “gens” a qual eles pertenciam e um cognome com o qual a sua família se distinguia das outras da mesma progenie a “gens”. Gradualmente o nome que identificada a “gens” veio sendo omitido, tanto que e então no quarto século caiu o império romano do ocidente, tinha-se tornado tradicional o uso do nome e do cognome na maioria dos casos. As tribos germânicas (os bárbaros) que naquele período invadiram a Itália favoreceram o uso de um único nome. A família Marchese, como tantas outras, provavelmente abandonaram seu tradicional nome romano, adotando um daqueles adotados pelos seus conquistadores . No curso da idade média quando cognomes italianos como Marchese, começava a formar-se a tradição aráldica italiana, que consistia também na aposição ao nome de um símbolo sobre o brasão de família que em geral aludia a um particular evento histórico. Se a exemplo dos membros da família Marchese tinham participado por uma das duas famílias dos Guelfos e dos Ghibelini, esses teriam adornado o seu escudo com uma faixa merlata a maneira guelfa ou Ghibelina que indicava o partido a que pertencia. Assim que os membros da família Marchese tem herdado não só o nome, mas também tudo aquilo que essa representa, a sua história e as tradições criadas com orgulho dos seus antepassados.
Arma azul com um braço armado impugnando uma palma verde sob duas estrelas de ouro. Graduação: azul denota lealdade, verde significa esperança. Cimeiro: uma águia listada preto e coroada ouro.
Origem: Itália.
Tradução: Elias Valmor Marchese, filho de Henrique Marchese, neto de Antônio(Domênico) Marchese, bisneto de Luigi Marchese, trineto de Giovanni Baptista Marchese (1831) ........ al pie dei Monti Treviso Itália.