A ocupação do Município se divide em urbana e rural. A primeira, no início do Século XVII, foi motivada pelos grupos tropeiros que rumavam a Sorocaba. Para os pousos eles se aconchegavam à beira do que chamavam de ribeirão dos laranjais e, por onde passavam, divulgavam que ?a partir das suas acanhadas margens vislumbrava-se a existência de alongadas e férteis terras?, atraindo os primeiros pequenos agricultores.
Em 1884, seguindo o traçado da Estrada de Ferro Sorocabana e a ela se antecipando, aqui chegava Delfino de Mello. Como visionário que era adquiriu considerável gleba de terra e, para explorar comercialmente, construiu uma casa de pensão para abrigar os trabalhadores da Ferrovia.
Em curto espaço de tempo o local despertou o interesse de famílias da região para outras atividades comerciais dando início ao núcleo urbano.
Ainda em 1884 Delfino de Melo doou terreno para a construção de uma Capela na vila que, em 1886, tornar-se-ia o distrito Policial de Laranjal e com a primeira escola pública outras benfeitorias se juntariam: agencia postal, cartório de registro civil, a paróquia, telefone público, iluminação elétrica. Publicada a 10 de outubro de 1917, a Lei Estadual nº 1.555 criou o Município de Laranjal que, pelo Decreto Federal nº 14.334/1944, passou a chamar-se Laranjal Paulista.
HERANÇA CULTURAL
A cultura de Laranjal Paulista se fez pela miscigenação de raças e povos.
No dia-a-dia a manifestações artísticas, religiosas ou na culinária, estão negros, italianos, portugueses, sírios e libaneses.
A influência italiana foi além e atingiu o trabalho refletido na vocação agrária do povo, o lazer (jogos de carta como truco, disputas de bocha, de cabo de guerra) e a própria índole do povo que se contagiou da sua natural alegria.
Comemoradas com bandas, fogos e rojões, as festas religiosas se espalham por todo o município.
A do padroeiro da cidade São João Batista (Festa de São João Batista) que data de 1884 e atrai público de toda a região, dela consta a parte religiosa com novena, levantamento do mastro, missa solene, procissão e, ao longo de 10 dias, a parte profana com agitada quermesse que oferece: comida e bebida típicas, parque de diversão, leilão de lenha, de prendas, inclusive vivas, leitoa ensebada, pau de sebo, shows com muita música, cantores populares e sertanejos, bandas de rock sem, contudo, descuidar do folclore e, com ele, a quadrilha, o batuque, o cururu.
A Festa do divino Espírito Santo no Distrito de Laras (Festa do Divino em Laras). Ela acontece em julho após o ?Pouso do Divino? e da peregrinação que, desde abril, a irmandade do Espírito Santo faz no município e fora dele. Essa festa também atrai grande público pelas características peculiares de que se revestem a procissão dos milagres e o emocionante encontro das canoas, no Rio Tietê.
Trechos extraídos do Livro dos 100 anos da Paróquia São João Batista?
DESCRIÇÃO DO BRASÃO DO MUNICÍPIO, segundo a Lei nº 301, de 23 de dezembro de 1959 que dispõe sobre a instituição do BRASÃO E ARMAS do Município de Laranjal Paulista.
SERVIENDO PATRIAE REX
»Paira, sobre o escudo de Laranjal Paulista, a coroa mural de cinco torres, prateada, com ameias douradas, símbolo de cidade. O verde e o amarelo foram emprestados da bandeira nacional; o vermelho e o preto da bandeira paulista. O azul e o branco lembram as cores da cidade. Em sinople e blau, os dois campos do escudo simbolizam a coordenação dos esforços de duas grandes famílias: a nativa e a imigrante. No campo de sinople, figura de ouro: homenagem à Democracia, aos poderes constituídos, aos trabalhadores do Comércio, da Intelectualidade, das Artes e dos Esportes. O caduceu de Mercúrio ou Hermes, homônimo de nosso atual Prefeito, lembra a homenagem dos munícipes ao Prefeito e Vereadores.
»Uma folha de Carvalho perpetua a inteligência da atual direção de nosso Estado: homenagem aos dirigentes de organizações públicas e particulares. O bastão, suporte das asas, reminiscência das corridas clássicas, preiteiam os esportistas, aqueles que dão a sociedade ?a alma sã em um corpo são?.
»Em cruz, sobre o bastão, a pena simboliza a dívida de gratidão que a municipalidade tem para com os intelectuais e para com aqueles que promoveram o Ensino e a Educação em nossa Terra, tais como os patronos de nosso Grupo Escolar, de nosso Ginásio e de nosso Colégio São Vicente de Paulo.
»A Flor de Lis, lembrando à realeza de quem serve a Pátria, imortaliza os artistas e as obras de arte desta cidade. A Flor de Lis foi tirada dos capitéis da igreja matriz para homenagear, no escudo, as autoridades religiosas e militares laranjalenses.
»Três chaminés de ouro abrigam no campo de blau as imagens de nossa indústria, de nossas olarias e dos navios. Na indústria, nosso conterrâneo constrói a estabilidade do Município. A chaminé da olaria pereniza o ritmo acelerado das construções neste momento.
»A chaminé dos navios presta homenagem àqueles, que atravessaram o Oceano para engrandecer nossa Terra. Das chaminés, as bordas em ?goles?, lembra-nos que Laranjal Paulista é célula do Estado Líder da Nação. A fumaça propala, caminhando para o céu, a glória das atividades laranjalenses.
»Pelos lados do escudo, sobem ramos de café e algodão, lambrequins cruzando no começo dos ramos, sob os traços do lema. Representam o esforço conjugado dos Munícipes.
»Estes ramos são os galardões com que a municipalidade coroa a fronte do herói que cultiva os campos de Laranjal Paulista.
»Com um laço encarnado, os ramos, ao se cruzarem, lembram-nos a cruz de São João Batista, nosso padroeiro, que segundo as palavras da Bíblia, sendo Gladium ac Lúmen, espada de probidade e luz de sabedoria se apresenta como magnífico modelo para nós de Laranjal, na procura da glória de servir à Pátria, pois servindo à Pátria, o Laranjalense é Rei: Serviendo Patreae, Rex.
DESCRIÇÃO DA BANDEIRA DO MUNICÍPIO segundo a Lei nº 1.130 de 28 de setembro de 1971 que dispõe sobre a criação da Bandeira de Laranjal Paulista.
»Eu, Hermelindo Pillon, Prefeito Municipal de Laranjal Paulista, Estado de São Paulo, usando das atribuições de meu cargo, faço saber que a Câmara Municipal DECRETOU e eu PROMULGO a seguinte LEI:
»Artigo 1º) Fica oficialmente instituída a BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE LARANJAL PAULISTA, confeccionada em tecido, com as seguintes características:
a) Será retangular, e seu comprimento de uma vez e meia a largura;
b) Terá três divisões perpendiculares e seus lados maiores, formando faixas;
c) As faixas que ficarem nas extremidades terão a cor azul e a faixa central, a cor branca;
d) Cada faixa lateral terá, em sua largura, 28 (vinte e oito) módulos sendo que a faixa central terá 34 (trinta e quatro) módulos;
e) O brasão do Município de Laranjal Paulista será inscrito, na parte central, ficando distante das linhas verticais, 3 (três) módulos de cada lado e equidistante das bordas superior e inferior;
f) O tamanho oficial é de 1,30m x 1,95m (um metro e trinta centímetros por um metro e noventa e cinco centímetros).
»ARTIGO 2º) Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação;
»ARTIGO 3º) Revogam-se as disposições em contrário.
»Prefeitura Municipal de Laranjal Paulista, 28 de setembro de 1971.
HINO DE LARANJAL PAULISTA
Oh meu bom torrão natal
Que eu amo de coração
No mundo não há igual
És tu, somente tu ...Laranjal
Refúgio à minha solidão
Quem não sente a poesia
Desta terra gloriosa
Esta voz doce e macia
Da nos uma grata alegria
De uma donzela formosa
As estrelas do céu
Cintilam resplandecendo o meu torrão
Pequeninas gentis
Rutilam perdendo-se na imensidão
Quem a poesia não sente
Que reina sob este céu de anil.
És tu, Laranjal Querida
Cantinho do meu Brasil
José Mandelli
Vitor R. Machado
Link Hino - ouvir
LOCALIZAÇÃO
? Localizado na Região Sudeste - Estado de São Paulo
? Grande Bacia Hidrográfica - Bacia do Prata
? População - 24.454 habitantes (IBGE - Censo 2007)
? Ano de Instalação do Município - 1939
? 387 Km quadrados de área;
? Fica na depressão periférica paulista entre o Planalto Atlântico ? região da capital ? e o Planalto Ocidental ? região de Botucatu;
? Principal Rodovia de Acesso - Marechal Rondon;
?Distante 173 Km da Capital (pela Rodovia Marechal Rondon);
?Municípios limítrofes: Jumirim, Pereiras, Cerquilho, Tietê, Cesário Lange e Piracicaba.
? Rede hidrográfica: formada pelos Rios Tietê e Sorocaba, seis ribeirões e seis córregos;
? Solo: policultura e em algumas partes condicionantes geológicos proporcionam a exploração de recursos minerais (areias/argilas/britas/calcário) empregados na construção civil e cerâmicas;
? Média anual do clima é de 23,27ºC;
? Precipitação pluviométrica é de 1.257,0 mm;
? A policultura (café/algodão/feijão/milho/girassol) já foi a base econômica do município. Em 1990 cedeu lugar à pecuária, mas a cana-de-açúcar trouxe algum alento aos pequenos agricultores. Na atualidade esse potencial se assenta na avicultura, na cerâmica e na fabricação de brinquedos do qual é expressivo pólo nos cenários nacional e internacional.
São Paulo - Brasil
?Fica na depressão periférica paulista entre o Planalto Atlântico ? região da capital ? e o Planalto Ocidental ? região de Botucatu.
?Distante 173 Km da Capital (pela Rodovia Marechal Rondon)
? Principais vias de acesso: Rodovia Marechal Rondon e Rodovia Castelo Branco
Distância de Laranjal Paulista à:
Tietê 18km
Tatuí 50km
Piracicaba 62km
Botucatu 70km
Itu 70km
Sorocaba 76km
Campinas 105km
São Paulo 173km
DISTRITO DE MARISTELA
Por volta de 1881, a vila nasceu em conseqüência da parada de trens da sorocabana, no quilômetro 206, apenas para abrigar os passageiros numa estação de tábuas. Era conhecida por ?Parada José Alves?.
Em 11 de novembro de 1916, inaugurou-se a atual estação de estrada de ferro com o nome de Maristela, em homenagem à filha do Presidente do Estado, Dr. Altino Arantes.
Em 24 de dezembro de 1948, devido ao progresso, o local passou a distrito da paz, pela Lei nº 233.
As atividades econômicas da vila eram essencialmente agro-pecuárias, até que em 1925, José Pieroni trouxe à Maristela a energia elétrica sob expensas próprias. Com a rede elétrica puderam instalar-se máquinas de algodão, de café, arroz, moinhos de fubá e derivados. Além disso, surgiram oficinas de consertos de veículos e de artefatos agrícolas. Grande desenvolvimento ocorreu mais recentemente na área de avicultura, tornando o distrito um dos grandes pólos de granjas do Estado.
O censo mostra que em 30 anos, de 1950 a 1980, houve aumento de 100% da população. Hoje o Distrito conta com .. habitantes, é cortado pela Rodovia Marechal Rondon e abrange grande parte das Indústrias de Brinquedos do Município.
A partir da Administração Roberto Fuglini o Distrito recebeu melhorias significativas como a Creche "Epaminondas Camargo Correa" a ampliação e reforma da E.M. "D. Isabel Alves Lima", asfalto no Bairro "Estela Maris" e CDHU "Aracy Maffei Madeira", posto da Guarda Municipal, reforma do correio, criação da Diretoria Dsitrital, reforma do Posto de Saúde e Praça Central e nova iluminação, além de construção de calçadas, ponto de ônibus e jardinagem das vias a beira da Marechal Rondon e contrução do Velório Municipal.
Trechos extraídos do Livro dos ?100 anos da Paróquia São João Batista?
DISTRITO DE LARAS
O Patrimônio da Capela de São Sebastião, atualmente, Distrito de Laras, teve sua origem no tempo do império, com a chegada das primeiras famílias, por volta da segunda metade do século XIX, procedentes da cidade de Capivari, através dos rios Capivari e Tietê.
Seus fundadores, todos de uma mesma família, irmãos, primos ou cunhados entre si, pioneiros que saíram de Capivari à procura de terras, desceram o rio Tietê em duas canoas, acompanhados por dois escravos, chegando até o local onde existe até hoje uma ?Pedra Grande?. A essa altura, impressionados com a beleza exuberante do lugar, ali aportaram e se detiveram a fim de examinar a região. Fizeram picadas no mato, subiram o morro e lá encontraram o que buscavam: um lugar plano e com terras de boa qualidade para o cultivo de cana-de-açúcar.
No início do século chegaram ao povoado algumas famílias de imigrantes libaneses e italianos que ali se estabeleceram, abrindo casas comerciais, armazéns e botequins.
A instalação do Distrito de Paz de Laras se deu em 23 de março de 1920, sendo empossado o primeiro escrivão no Cartório, Luiz Lara Stein, filho do professor Juventino Stein.
Em 1938, o Distrito passou a pertencer a Laranjal Paulista antes pertencente à Tietê.
Com o movimento dos tropeiros, com a revolução industrial, com a expansão das ferrovias, a navegação pelo Tietê deixou de existir. Distante da sede, isolada pelo rio e sem alternativa de vida senão a rudeza do campo veio também para Laras o êxodo rural. Laras ficou parada no tempo e espaço. Só voltou a reviver um pouco, quando o homem se viu saturado pela vida agitada da cidade e voltou a procurar o sossego na vida de um rancho, à beira de um rio.
Trechos extraídos do Livro dos ?100 anos da Paróquia São João Batista?
ECONOMIA
A Economia de Laranjal Paulista é caracterizada pela sazonalidade de produção e geração de empregos e sua pouca diversidade, pois os nichos Industriais são bastante específicos limitando o emprego e renda durante alguns meses do ano.
Citamos a Indústria de transformação de polímeros a base de petróleo, ou seja, a Indústria de fabricação de brinquedos, grande abastecedora do Mercado Nacional e Exportadora expressiva, porém, em meses bem definidos e não permanecendo em plena produção durante todo decorrer do ano.
Na agro-indústria temos uma situação diferenciada do que já foi a base da economia local, a policultura, sendo que as propriedades hoje, preferem se aterem a monocultura da cana-de-açúcar, onde a produção é certa devido a qualidade de nossa terra e a compra garantida da produção, haja visto a demanda por combustíveis alternativos derivado do preço recorde do barril de petróleo do Mercado Internacional.
A criação de frangos de engorda também se enquadra como expoente principal de geração de renda em grande parte das pequenas propriedades rurais.
A indústria Cerâmica ocupa lugar significativo na economia do Município já que o consagrando barro de Laranjal Paulista se tornou conhecido em todo o país por suas características fisico-químicas e organolépticas, produzindo telhas e derivados da mais alta qualidade.
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quarta-feira, 23 de junho de 2010
História de Laranjal Paulista/SP
Por
Cristiane Marquesi
CRISTIANE MARQUESI é escrevente e blogueira. Formada em Técnico de Contabilidade e Administração, pensa ainda em cursar mais. Mora em Laranjal Paulista, cidade do interior do Estado de São Paulo. Criadora do [ Meu Querido Diário ] que vem se destacando por todo território nacional e internacional. Adora as redes sociais, curtir e compartilhar todo tipo de assunto. | UM PENSAMENTO | A sua profissão é privilégio e aprendizado. Se você puser amor naquilo que faz, para fazer os outros felizes, a sua profissão, em qualquer parte, será sempre um rio de bênçãos. |
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